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Slow Lifestyle

4 nov

“Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa, mas nada tanto assim.”

Poucas frases resumem tão bem o espírito de nossa geração. Somos apressados, estamos acelerados, fomos vencidos pelo poder do utilitarismo, estamos rendidos ao imediatismo. A pressa causa disritimia existencial.

Somos “multidisciplinados”, podemos fazer muitas coisas ao mesmo tempo, não estamos interessados numa coisa só, tudo nos atrai, abrimos todas as janelas e temos acesso a tudo. O excesso entope os sentidos.

Somos desconectados, por mais paradoxal que seja. Mesmo com toda conexão disponível, de fato, não conseguimos nos comprometer com nada. Somos como crianças em loja de brinquedo, que tendo tanta opção, não consegue abraçar nenhum brinquedo pra chamar de seu. Somos assim, como crianças que não conseguem mais dar nome aos seus brinquedos. E quem não dá nome, não se compromete.

Precisamos ir devagar, fazer a alma voltar a pulsar no ritmo da Terra, considerar os processos naturais, respeitar os ciclos. Precisamos escolher algumas portas, dentre todas as opções da vida. Escolher é assumir que não se pode ter tudo. Precisamos nos comprometer com causas, pessoas, lugares, a fim de encontrar sentido para existência, aquele sentido que faz calar a voz que grita fundo no peito de quem sabe que a vida não pode ser somente esse consumismo e correria desvairados, de que deve ter algo mais.

Desacelerar. Escolher. Comprometer-se.

(Autor: Alexandre Robles)

Escolhas que importam

21 out

Livre arbítrio.

Que difícil é lidar com essa dádiva que nos foi concedida. Eu mesmo não sei o que fazer.

Acredito que o que torna o Livre arbítrio tão “cabeludo” são as escolhas que devemos fazer, as que nós escolhemos fazer, a cada dia, muitas vezes, diferentes horas do dia. Cada escolha gera novas opções e cada uma dessas opções acarretara em novas opções, por isso criamos hipóteses, pensamos sempre muito a frente do presente que nos é apresentado, num ciclo quase desenfreado e desesperador (UFA – só de pensar nisso eu já me cansei um pouco).

Toda essa introdução foi para ilustrar a importância das nossas escolhas, como nos usamos o livre arbítrio que nos foi dado. Quantos de nós não nos levantamos já pensando em como deverá ser nosso dia, como nós vamos agir, nos preparar para qualquer situação, eventualidade, que possa ser colocada em nossa frente. Absolutamente normal, não só para nos que somos jovens, ansiosos (e como!!), mas também qualquer um que já tenha ultrapassado os seus 30 e poucos anos.

Quantas escolhas podem parecer sensatas, mas podem resultar em dores de cabeça, sejam elas num futuro próximo, ou distante, não importa. Podemos nos arrepender de muitas das decisões tomadas, como também podemos simplesmente aceita-las e conviver com os resultados delas. Bem como podemos fazer ótimas escolhas.

O que eu quero dizer é que temos dado importância para coisas que não tem tanta importância quanto elas parecem ter, as vezes, elas não tem importância alguma, mas ainda assim nós, jovens, acelerados, ansiosos, não conseguimos perceber isso, mas há uma coisa que deve ser clara, há decisões a serem tomadas que não podem sofrer com nossas inconstâncias e anseios, pois elas independem de qualquer característica ou julgamento que possamos ter, ou fazer.

Ainda que eu permaneça desesperado com a Universidade, trabalho etc., eu sei que há Uma escolha, que a despeito de todas as outras, me da uma paz sem igual.

Uma escolha que diminuiu o tamanho de qualquer outra decisão, ou problema. Definitivamente, diante da única escolha que realmente teve importância na minha vida, eu tive a melhor, na verdade, a única escolha que eu poderia ter.

A relativização dos valores

1 out

Será que, atualmente, é possível falarmos em algo que é completamente certo ou completamente errado? Parece que tudo é relativo, depende do ponto de vista, depende do que você acredita. Pra você pode ser errado, para o seu amigo não. Vamos a um exemplo mais prático: colar é errado? Bem, de pronto podemos dizer que é. Mas ai vem alguém e diz: “aah, depende da situação: eu não vejo problema nenhum em colar e não prejudicar ninguém.” Pronto! Já temos um valor que começa a ser relativizado.

Mas será que é assim que as coisas funcionam realmente? Será que, relativizando tudo, nós não estamos caminhando da maneira errada? Porque, se for assim, se tudo depender da situação ou do contexto, podemos defender até o adultério, já que para alguns ele ajuda o casamento a se manter vivo, por renovar a “paixão do começo”.

Todavia, não penso que as coisas são assim. Na realidade, tenho um pensamento considerado por muitos, retrógrado: existe o certo e o errado, basta a nós escolhermos qual iremos praticar. A Bíblia, em Provérbios 14:12, declara: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao fim dá em caminhos de morte”. Quais as escolhas que você tem feito? Aliás, você tem seguido algum caminho na sua vida, ou só tem deixado ela te levar?